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Aquele que a todos julga, por ninguém é julgado.

Foto do escritor: orleanismoorleanismo

Em nosso tempo tornou-se extremamente corriqueiro a pratica da critica, dizem mesmo que não ser critico é como um vicio de caráter, falta de personalidade, atributo de pessoa ingênua e facilmente manipulável. Ao pensamento moderno ter senso critico tornou-se uma virtude altamente valiosa, o cidadão instruído senta-se no alto de seu conhecimento, seja profundo ou raso, e criticamente avalia e julga tudo que esta ao seu redor, com o uso da internet seus olhos se estendem a distâncias quase ilimitadas, nada escapa ao senso critico da modernidade.


Pode o leitor acostumado com a subjetividade moderna e confuso pelo relativismo latente de nossa época, afirmar que no momento em que escrevo palavras nestas linhas o faço de forma critica, este tipo de argumento é bem comum, mas demonstra a pouca familiaridade de nosso intelecto com pensamentos meditados e sérios. Pois bem o que aqui quero escrever não se trata de uma critica à critica, nem abordarei temas ao quais não tenho capacidade de discorrer ou que não possuo amplo conhecimento pelo estudo e pela meditação. Aqui me coloco como um mero escriba de verdades ensinadas por mestres legítimos, conhecedores do espirito de suas palavras e ensinamentos, mestres guiados pelo Mestre. Quero escrever, ou melhor, transcrever palavras de ordem e verdade e na medida do possível fornecer um norte aos meus irmãos a respeito da atitude que devemos ter ante as autoridades sobre tudo as eclesiásticas. Até aqui expressei-me com minhas palavras permita-me a partir de agora citar a autoridade legitima, assim começo:

In omnibus diligens adhibeatur cautela, ne forte per leve compendium ad grave dispendium veniatur. - Em tudo se aplique uma diligente cautela, para que não suceda que um ligeiro atalho conduza a grave extravio." (Cap. XXXV, X, de accus., V. I)

Este excerto tirado do Sacrossanto Concilio Lateranense já seria o suficiente para calar as línguas inquietas que por toda parte se colocam a proferir sentenças e a expor nossos caros prelados, "sucessores dos apóstolos, anjos das igrejas (Ap 1,20), príncipes do Reino de Jesus Cristo"¹ Contra Maçonaria - Dom Macedo Costa Editora CDB., estas palavras foram memoradas por ninguém menos que Dom Macedo Costa, bispo de Belém do Pará, que lutou ao lado de Dom Vital contra a extrapolação do poder civil em assuntos espirituais e que por esta questão escreveu ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Imperador Dom Pedro II oque se segue: "Não, senhor, não é a impunidade que nós procuramos, é a ordem, é o direito, é a justiça. Se um Bispo tivesse a desgraça de delinquir gravemente no exercício de seu sagrado ministério, de modo a merecer deposição ou privação, somente o Sumo Pontífice poderia conhecer da causa [...] Mas, senhor, o que não podemos ver sem a mais profunda amargura e acerbíssima dor, é o atropelo de todas as formas, é o conculcamento de todos os direitos mais sagrados: as própria ovelhas lançando mão sobre seus pastores [...]

e homens leigos que na ordem da religião não passam de simples fieis, erigindo-se temerariamente em juízes dos sucessores dos Apóstolos, dos anjos das Igrejas, dos príncipes do reino de Jesus Cristo, repreendendo, julgando e condenando aqueles mesmos que o Espirito Santo pôs para os regerem e governarem a eles na ordem da eterna salvação." ²Contra Maçonaria - Dom Macedo Costa Editora CDB

São Paulo diz que "O homem espiritual, julga a respeito de tudo e por ninguém é julgado" 1Cor 2:5. E é isso que tá posto na ordem da graça, nossos Padres e Bispos são esses homens espirituais colocados em lugar de autoridade pelo próprio Senhor, guiados pelo Espirito Santo. A atitude critica corrente em muitos meios católicos não cabe a nós que queremos ser filhos fieis da Santa Igreja, nossos sentimentos em relação a hierarquia eclesiástica deve ser de amor filial e de liberalidade de súplicas por nossos pastores para que se "apresente a nós com o prestígio da palavra ou da sabedoria para nos anunciar o mistério de Deus" 1Cor 2:1. Para que não queiram "saber outra coisa entre nós a não ser Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado." 1 Cor 2:2. Para que ainda que estejam entre nós "cheios de fraqueza, receio e tremor, suas palavras sejam cheias de espirito e poder de Deus, afim de que a nossa fé não se baseie na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." 1 Cor 2:3-5


Assim meus caros irmãos espero que as dificuldades do tempo presente fortifique na prontidão necessária aqueles que militam pelo Senhor e por Seu Reino neste mundo e nos seja garantia de uma coroa de glória na eternidade. Salve Maria! Glória à Santíssima Trindade!



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“A obediência é uma oblação, no qual o homem todo, sem tirar nada de si, se oferece no fogo da caridade a seu Criador e Senhor por mão de seus ministros” Santo Inácio de Loyola

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"Vós que não passais de simples ovelhas, não transponhais os limites que vos são prescritos." São Gregório Nazianzo

"Os leigos não devem tratar de assuntos eclesiásticos." Bula Unam Sanctam "Por mais sábio e religioso que seja o leigo, ainda mesmo que fosse dotado de toda virtude possível e imaginável, enquanto é leigo não deixa de ser ovelha. Devemos falar-lhes com respeito e sinceridade, devemos acatá-los, como ministros que são de Deus onipotente." Imperador Basílio

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