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Um Genocídio Silenciado - Amor e Lamento pelos Palestinos Massacrados


Como estudioso de história e historiador principiante, estou acostumado a ler sobre os morticínios resultantes das guerras e revoluções dos três últimos séculos. Desde o terror revolucionário francês, o massacre dos camponeses da Vendeia, as tragédias da invasão napoleônica na península ibérica, a guerra de unificação italiana, até as inomináveis crueldades das revoluções comunistas, o saldo de vítimas é um lamentável dado legado pelos elementos tirânicos na sucessão irremediável dos fastos.


É sempre lamentável e sombrio verificar estas agruras da história. Somos, naturalmente, levados a pensar naqueles homens e mulheres inocentes que sofreram sob a insânia de quem agiu em desprezo total pela vida humana.


Mas, conviver com um genocídio em curso aqui, nesta nossa época, isto é uma experiência nova, totalmente nova. Guerras nacionais e conflitos ulteriores estiveram por aí sempre, espalhados pelo globo. No entanto, o massacre de milhares de civis inocentes de forma sistemática e meticulosamente realizada, isto é algo com que temos de aprender a lidar.


E a morte é apenas o fim mais extremo neste contexto. Milhões de palestinos estão vivendo, nesse exato momento em que escrevo, de forma precária, esfomeados, feridos, sem acesso a suprimentos mais básicos. Um povo inteiro está submetido cruelmente à mais terrível humilhação que se possa verificar em tempos modernos, cercado, mutilado, abandonado.


A limpeza étnica dos palestinos, perpetrada pelas forças armadas israelenses, é uma realidade que nem mesmo os mais fanáticos sionistas estão podendo negar. Notícias internacionais dão conta de que nos EUA e na Europa, lugares em que a propaganda de legitimação do sionismo enraizou-se profundamente, a população já começa massivamente a contestar abertamente os rumos violentos da política israelense. Todos os limites já foram ultrapassados, dizem tais populações que vivem diariamente sob a máquina de propaganda que proclama um irracional excepcionalismo israelense.


As operações de Israel em Gaza são moedoras de carne. Casas populares, hospitais, escolas, postos humanitários, todo o território se transformou num grande alvo civil em que o ódio racialmente motivado massacra até demolir completamente as estruturas materiais e espirituais de um povo.


E não, definitivamente, a guerra de Israel não é contra alvos estratégicos ou contra o Hamas. O sionismo empreende uma campanha de extermínio gradual com o objetivo de "limpar" o caminho para a construção de um Etnoestado que se expandiria contra as fronteiras do Líbano e da Síria, esmagando os palestinos e estabelecendo uma governança impiedosa de hegemonia sobre o Oriente-Médio.


Não há justiça em um genocídio, absolutamente, devemos lutar contra o ódio cego e fanatizado e contra toda a narrativa que legitima o apagamento de milhões de palestinos.


Rezemos, mas também façamos algo, cada qual de acordo com suas possibilidades. Despertemos nosso próximo para esta terrível injustiça.


Reverentemente, lamentamos com aflição e a dor que só o amor pelas almas é capaz de causar. Lamentamos as vidas ceifadas na Terra Santa, onde a segunda pessoa da Santa Trindade veio a este mundo e onde pisou por 33 anos, onde Sua e Nossa Mãe, Maria Santíssima viveu - onde a paz é nada mais que um sonho distante.


Ah, Palestina, terra de tantas histórias, plano sagrado que chamou dezenas de gerações consumidas pela Santa Paixão de nosso Salvador... Hoje uma terra que chora sangue e se consome em desesperança. No solo daquele distante lugar, ó Deus de clemência, as lágrimas dos inocentes são súplicas que caem amargas.


Os montes de Hebron ressoam tristeza, Enquanto Belém chora em seus lamentos, os nazarenos sentem a impureza, da violência e da vileza que assolam o médio-oriente.

Que o mundo ouça o clamor das vítimas, a mais necessária súplica fiel nestes tempos de disseminado conflito. Que o Divino Espírito Santo recolha a expressão da dor na humildade dos que que sofrem, para que o mundo ouça o sangue que é derramado e perceba a Palestina em aflição.


Ó Palestina, que este mundo impiedoso e cego, ao menos, possa te escutar, Nas tuas lágrimas, tua angústia tão genuína, tão longe ressoas neste Brasil pacato. Aqui tens amigos e gente que contigo lamenta. Que nasçam das cinzas dias sem sombras. E que a luz de Belém prevaleça e ilumine um caminho de justiça.



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